3.1.11

Náufrago

Gostava eu de fazer das minhas lágrimas oceanos e do meu regaço rochedos sinuosos. Entregar-me, assim, como náufrago à imensidão daquilo que me compõe: dar o meu corpo à fúria das marés e perder-me entre os recônditos meio vazios, meio cheios. Tudo quanto afogasse era meu e tudo quanto ressuscitasse também; finalmente os pulmões encher-se-iam daquilo que sou.

5 comentários:

Anónimo disse...

wow! mas que texto!

anne disse...

Que lindo jessica*

Laís Pâmela disse...

tão puro esse texto.
adorei.
beijoos.

pumpkinreviews disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Margarida Carvalho disse...

Amei :) As tuas palavras são simplesmente deliciosas !