14.8.16

« e eu achava que o amor era por todos. um amor por tudo e todos, pela vida. e o amor estava cravejado de luzes, como se pelo amor se montasse um cemitério longo de velas acesas ondulando nos gestos, ondulando na debilidade com que naturalmente segurávamos um sentimento tão precioso. » 

Valter Hugo Mãe in O nosso reino

1 comentário:

Anónimo disse...

Calma, descansa-te…
Julgo não estar errado quando penso que Hugo Mãe, tu e eu partilhamos as mesmas convicções: não é débil e é precioso, é forte, é pojante, potente, é musculado, é são, sadio, é corpulento, é maciço… enfim, como sabes é toda esta definição, toda esta indefinição e é também o que não são a definição e a indefinição. É tudo? Não. Mas é muito, é quase tudo, é tanto que, nestes fugazes momentos de lucidez que vou, esforçadamente, conquistando a esta alucinação, me faz acreditar em contos de fadas. Seremos tão diferentes assim?
Acredito na vida com a mesma força e pujança que tu, pelo menos. E não duvides! Não te aceito isso desta forma. Nem desta nem de nenhuma outra. Não quero que me interpretes mal nem que te desiludas. E o tempo que corre devagar… Ahh a coragem, se de qualquer outra coisa se tratasse seria o mais bravo dos homens … Bem sei que estas razões para a demora deveriam ser os motivos para agir, mas luto comigo todos os dias.